quarta-feira, 27 de abril de 2011

HÁ 17 ANOS


Em 94, torcidas de Fla e Vasco se uniram para homenagear Senna

Piloto morreu no dia 1º de maio, domingo de Maracanã lotado para o Clássico dos Milhões. Mais de 120 mil pessoas cantaram juntas pelo ídolo
O dia 1º de maio de 1994 foi de luto em todo Brasil e em grande parte do mundo, pelo menos para os fãs de Ayrton Senna, que perdeu a vida após um acidente fatal em sua Willians na curva Tamburello, em Ímola, durante a manhã no Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1. Nessa mesma data, algumas horas depois, Flamengo e Vasco se preparavam para se enfrentar pelo terceiro turno do Campeonato Carioca. Maracanã lotado, com mais de 120 mil pessoas. Mas, durante a homenagem oficial da Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj), o minuto de silêncio se transformou em algo inimaginável: as duas torcidas cantaram a mesma música, juntas.
Uma multidão dividida pela metade nas cores, mas unida pela dor e pelo lamento de ter perdido um ídolo, tricampeão do mundo. Para algumas pessoas que estiveram no Maracanã naquele dia, talvez o placar de 1 a 1 após o apito final tenha sido esquecido, mas o canto "Olê, olê, olê, olá, Senna, Senna!", com as duas torcidas batendo palmas ao mesmo tempo, foi inesquecível.
Antes mesmo de entrar no estádio, torcedores e jogadores se mostravam consternados e lembravam de momentos da carreira de Senna. Faixas, até uma bandeira homenageavam o piloto.

FONTE: GLOBOESPORTE.COM

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O GOLEIRO PAREDÃO


Felipe repete ritual e volta a ser decisivo numa disputa de pênaltis

Assim como na semi da Taça GB, goleiro do Fla defende duas cobranças. Rubro-Negro elimina Flu da Taça Rio e está a 90 minutos do título estadual
A mesma trave do Engenhão, o mesmo ritual. Na hora da concentração para as cobranças de pênalti, Felipe se isolou no meio-campo, agarrou o terço que o acompanha em todas as partidas e cobriu a cabeça com a toalha vermelha. Foi assim na semifinal da Taça Guanabara, contra o Botafogo, quando defendeu duas cobranças e classificou o time para a decisão. Foi assim neste domingo, contra o Fluminense. Em jogo, a vaga na final da Taça Rio contra o Vasco. Após o empate por 1 a 1 no tempo normal, o paredão rubro-negro, de novo, cresceu na frente dos adversários. Na vitória por 5 a 4, o camisa 1 defendeu as cobranças de Araújo e Tartá - Souza chutou por cima do travessão.
A cada batedor, Felipe colocava o terço dado pela mãe, dona Rita, dentro do gol. Só conseguiu fazer a primeira defesa no chute de Araújo, no canto direito, no quinto pênalti tricolor. Até então, havia saltado quatro vezes no lado oposto. Thiago Neves teve a chance de decidir, mas fracassou. Nas alternadas, Gum converteu a sexta cobrança do Flu, mas Felipe parou Tartá e recolocou o Flamengo em vantagem. Diego Maurício fez o gol da classificação.
A atuação decisiva de Felipe o mantém invicto no clube. São 23 jogos sem perder. O recorde histórico é de Jurandir, na década de 40, que ficou 24 jogos sem conhecer o sabor amargo de uma derrota.
Agora, o Rubro-Negro está a 90 minutos do título Carioca. Para isso, precisa vencer o Vasco, domingo que vem, no Engenhão, às 16h (de Brasília). Se a equipe de São Januário vencer, serão mais duas partidas para definir o campeão.
O Flamengo não terá tempo para comemorar. Nesta segunda-feira, a delegação embarca para Fortaleza. Na quarta, o time enfrenta o Horizonte-CE, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. No partida de ida, semana passada, empate por 1 a 1.

Fonte: globoesporte.com

domingo, 24 de abril de 2011

OS GOLEIROS


Tijolo por tijolo, Felipe ergue paredão e começa a entrar na história do Fla

Só ele e Jurandir, goleiro rubro-negro na década de 40, permaneceram invictos por 22 jogos. Recorde é de 24 partidas
A primeira defesa de Felipe no Flamengo foi um pênalti. Em 9 de janeiro deste ano, o goleiro estreou na equipe num amistoso contra o Londrina, durante a pré-temporada na cidade paranaense. A partida terminou sem gols. Culpa de Felipe, que acabara de tirar a camisa 1 rubro-negra do fundo do armário. O número reapareceu depois de pouco mais de sete meses, desde a saída de Bruno. Depois que o goleiro foi preso sob acusação do desaparecimento de Eliza Samudio, Marcelo Lomba tornou-se titular, mas manteve o 29.
Felipe sabia que seria cobrado. Bruno era ídolo da torcida, capitão e especialista em desmoralizar cobradores de pênalti. O novo dono da posição não repetiu a especialidade do antecessor apenas naquele amistoso. Na semifinal da Taça Guanabara, defendeu duas cobranças contra o Botafogo e levou o time à decisão. Passados quase quatro meses, a sombra diminuiu.
Os números jogam a favor de Felipe e começam a fazer dele parte da história do clube. Único jogador do grupo de Vanderlei Luxemburgo a participar das 22 partidas da temporada até então, alcançou uma marca importante. Só ele e Jurandir, goleiro do Fla na década de 40, permaneceram invictos por tanto tempo. Em 2011, Felipe venceu com o Flamengo 15 vezes e empatou sete. Em 1942, Jurandir conseguiu a impressionante sequência de 18 vitórias e quatro empates. Sofreu a primeira derrota apenas no 25º jogo. Felipe sofreu menos gols: 14 contra 25. Numa comparação com a mesma sequência de jogos de Bruno, em 2006, foram 14 contra 31 gols sofridos e sete derrotas do ex-rubro-negro.
Estar na história do Flamengo em tão pouco tempo só me deixa ainda mais honrado em vestir essa camisa."
Felipe
O domingo é de decisão. Às 16h (de Brasília), Felipe entra em campo para enfrentar o Fluminense na semifinal da Taça Rio. Além da vaga na decisão do segundo turno para pegar o Vasco, o jogador quer manter a invencibilidade dele e da equipe.
- É claro que a derrota um dia irá acontecer, mas nossa equipe não quer que isso aconteça tão cedo. Teremos pela frente um grande adversário, que atravessa um momento especial. Certamente virão com força. Mas isso ao mesmo tempo fará com que entremos ligados desde o início da partida. Será um belíssimo jogo. Se Deus quiser continuarei minha invencibilidade. Se isso acontecer, é sinal de que o time seguirá no bom caminho que está – disse Felipe.

Os recordes não param por aí. O paredão rubro-negro está entre os goleiros menos vazados após 22 jogos. Felipe perde apenas para Cantareli, goleiro do clube nas décadas de 70, 80 e em 1990.
- Estar na história do Flamengo em tão pouco tempo só me deixa ainda mais honrado em vestir essa camisa. E, por ironia do destino, graças a Deus o goleiro menos vazado nos primeiros 22 jogos com a camisa rubro-negra é o meu preparador. O Cantareli faz parte da história do Flamengo e estar ao lado dele no dia-a-dia de treinos me faz perceber a importância de vestir essa camisa 1.
Felipe gosta, mas não se empolga com os números. Além de estatísticas positivas, quer manter o bom desempenho para conquistar títulos.
- Esses números são legais para caramba. Fico lisonjeado de por alguns instantes fazer parte da história do Flamengo de alguma forma. Mas isso é passageiro. Não me influencia no dia-a-dia dos treinos. Não me preocupo em manter isso (os números). O mais importante é treinar duro e me dedicar ao máximo nos jogos para ajudar como eu posso a minha equipe. Cada um fazendo a sua parte no grupo fará com que o time vença. Isso é o mais importante. As estatísticas individuais são consequência de um bom trabalho em equipe.
Goleiros invictos após 22 jogos:
Felipe - 2011 (nenhuma derrota e 14 gols sofridos) - 15 vitórias e sete empates
Jurandir - 1942 (nenhuma derrota e 25 gols sofridos) - 18 vitórias e quatro empates
Nota: Jurandir sofreu a sua primeira derrota no 25º jogo pelo Flamengo.
Goleiros menos vazados após 22 jogos:
Cantareli - 1973/74 (13 gols sofridos e duas derrotas)
Felipe - 2011 (14 gols sofridos e nenhum derrota)
Ubirajara Motta - 1972 (14 gols sofridos e duas derrotas)
Dominguez - 1968/69 (14 gols sofridos e duas derrotas)
Fillol - 1984 (15 gols sofridos e duas derrotas)
Outros goleiros importantes da história do Flamengo após 22 jogos:
Raul - 1978 (18 gols sofridos e quatro derrotas)
Zé Carlos - 1984/85 (19 gols sofridos e cinco derrotas)
Ubirajara Alcântara - 1968 (19 gols sofridos e cinco derrotas)
Gilmar - 1991 (20 gols sofridos e quatro derrotas)
Clemer - 1997 (21 gols sofridos e seis derrotas)
Julio César - 1997 (22 gols sofridos e quatro derrotas)
Bruno - 2006 (31 gols sofridos e sete derrotas)
Garcia - 1949 (35 gols e sete derrotas)

sábado, 23 de abril de 2011

COM LARGA VANTAGEM


Fla-Flu no Carioca: rubro-negros têm dez vitórias a mais no histórico

Flamengo não perde para o Fluminense em duelos pelo estadual há três anos - ou quatro jogos
O Fluminense vem de um resultado histórico e empolgante pela Libertadores da América, enquanto o Flamengo decepcionou com um improvável empate pela Copa do Brasil. A vitória sobre o Argentino Juniors, que classificou os tricolores para as oitavas de final da competição continental, e o tropeço rubro-negro no empate por 1 a 1 com o modesto Horizonte-CE, em casa, mudou o panorama do Fla-Flu.
O técnico Vanderlei Luxemburgo diz que os rivais vão entrar em campo em igualdade de condições. Nas Laranjeiras, o discurso é parecido: o otimismo não se sobrepõe ao favoritismo.
O histórico do duelo aponta o Flamengo em vantagem, no estadual e no geral. Na história do Carioca, o Fla-Flu foi disputado 236 vezes. Foram 84 vitórias do time da Gávea, 78 empates e 74 triunfos tricolores.
Na soma de todas as competições e amistosos, são 373 confrontos: 131 vitórias do Flamengo, 123 empates e 119 vitórias do Flu. Os rubro-negros marcaram 545 gols e os tricolores 501.
Luxemburgo faz parte da história do clássico como jogador e treinador. Como técnico, a lembrança mais marcante é amarga. Em 1995, acabou derrotado pelo Flu de Joel Santana na final do Carioca, decidido com o histórico gol de barriga de Renato Gaúcho (hoje técnico do Grêmio).
- Na hora do Fla-Flu, ninguém se encolhe, os times crescem. Em clássico, as equipes se respeitam. Perder esse jogo faz parte, mas o que se mensura é a carreira. Quantos jogos decisivos você disputou e quantos ganhou - frisou Luxa.
O Flamengo não perde para o Fluminense pelo Campeonato Carioca há três anos (ou quatro jogos). A última derrota para o rival aconteceu no dia 10 de fevereiro de 2008, pela sétima rodada da Taça Guanabara. O Tricolor goleou por 4 a 1. De lá para cá, foram disputadas quatro partidas pelo Estadual, com duas vitórias do Fla (1 a 0 em 2009 e 5 a 3 em 2010) e dois empates (1 a 1 em 2009 e 0 a 0 nesta temporada).
Neste domingo, Flamengo e Fluminense jogam às 16h (de Brasília), no Engenhão. O vencedor pega Olaria na decisão da Taça Rio.

Fonte: globoesporte.com

quinta-feira, 21 de abril de 2011

êrro 10


Torcida chia com Ronaldinho, e Luxa muda discurso: ‘Ele pode ser vaiado’

Técnico dá razão aos torcedores rubro-negros, que pedem uma melhor performance do camisa 10
Ronaldinho estreou no Flamengo em 2 de fevereiro, fez cinco gols na temporada até então, inclusive o do título da Taça Guanabara, tem comparecido aos treinos e demonstrado comprometimento. Parece pouco para os rubro-negros. Nesta quarta-feira, durante o empate por 1 a 1 com o Horizonte-CE, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, os cerca de nove mil torcedores que foram ao Engenhão tiveram alguns momentos de insatisfação com o craque.
Ronaldinho até começou bem, distribuindo passes e comandando o meio-campo, mas logo tornou-se figura apagada. Nos poucos dribles que tentou, foi desarmado com facilidade pelos defensores cearenses. Quando teve chances de gol, concluiu mal. A impaciência da torcida ficou clara nas cobranças de falta. Sempre que surgia uma oportunidade perto da área adversária, o nome de Renato era gritado. Houve revezamento entre eles nas tentativas, e Thiago Neves também se apresentou.
Na entrevista coletiva, Vanderlei Luxemburgo não defendeu Ronaldinho. O discurso de que o jogador está em fase de readapatação no retorno ao Brasil mudou. No segundo tempo, quando o confronto já estava empatado, Luxa abriu os braços na direção do camisa 10, que respondeu da mesma forma.
- O Ronaldo tem que entender que aqui é Flamengo. Se não jogar bem, vai ser vaiado. O Adriano também foi vaiado. O Ronaldo pode ser vaiado, pode ser criticado. Ele sabe que a torcida do Flamengo vai cobrar uma performance sempre melhor. Ele foi contratado para isso. Cabe a ele buscar dentro de campo algo para não ser vaiado. Ou ele, ou o Deivid, que foi vaiado outras vezes. Qualquer atleta está aí para ser vaiado, essa é a história do clube - comentou o técnico.
Luxa procurou responsabilizar toda a equipe por um resultado que considerou “horrível”:
- Ronaldinho não pode ser isolado da equipe. Se tirar, fica complicado. Coloco no contexto. A equipe não jogou bem. Dizer qual jogador é que é complicado. A equipe não jogando bem você responsabiliza a todos.
Os jogadores voltam a treinar na tarde desta quinta-feira, às 16h. No domingo, o adversário será o Fluminense, pela semifinal da Taça Rio. A partida de volta contra o Horizonte será disputada na quarta que vem, no Ceará, às 21h50m (de Brasília). O Flamengo precisa de uma vitória simples para avançar. Empate a partir de 2 a 2 também classifica o Rubro-Negro.

Fonte: globoesporte.com