sábado, 22 de março de 2014

FLA É CAMPEAO DA LIBERTADORES DO BASQUETE



Fla bate o Pinheiros e, 100%, conquista o título da 'Libertadores do basquete'


No embalo da torcida que lotou o Maracanãzinho, Rubro-Negro derrota o Pinheiros e conquista taça inédita para o basquete do clube

Uma campanha impecável. Foi assim que o Flamengo terminou com o título inédito e invicto da Liga das Américas 2014 - a "Libertadores do basquete". No embalo de uma torcida barulhenta, que lotou o ginásio do Maracanãzinho na noite deste sábado, no Rio de Janeiro, o Rubro-Negro derrotou o Pinheiros, atual campeão do torneio, por 83 a 76, e levantou a taça de campeão. O Aguada, do Uruguai, ficou com a terceira colocação ao bater o Halcones Xalapa, do México, mais cedo.

É a terceira vez que um time do Brasil conquista a Liga das Américas de basquete. O Brasília foi campeão na temporada 2008/2009. No ano passado, a taça ficou com o Pinheiros. E esse ano, com o Flamengo.

Um jogo estudado. Não poderia ser diferente. Aplicados na defesa, Flamengo e Pinheiros não se arriscavam muito. Enquanto os rubro-negros trabalhavam a bola à procura de uma brecha no garrafão adversário, os visitantes usavam e abusavam dos tiros de três, principalmente com Joe Smith e Jonathan Tavernari. Se o aproveitamento nos chutes não era bom, nos rebotes ofensivos a história era outra. Foram quatro na primeira metade do quarto, enlouquecendo a torcida na arquibancada. Em contrapartida, o Flamengo também dominava a área pintada dos paulistas. Olivinha e Meyinsse iam pontuando e dando vantagem ao Rubro-Negro. O americano era forte sob a tabela contra os valentes Morro e Mineiro.

Até então zerado na partida, Marcelinho acertou uma bola de fora, restando 2min28s para o fim do primeiro quarto, e deixou a vantagem em sete pontos. Muito irritado, o técnico Cláudio Mortari pediu tempo. Mas a conversa pareceu não ter surtido efeito. Na última posse de bola do período, Shamell, que fazia partida discreta por estar bem marcado, bobeou. O descuido foi aproveitado por Marcelinho, que partiu para o contra-ataque, assistindo Marquinhos, que fechou a parcial em 25 a 15.

Para mudar o panorama no seu garrafão, Mortari colocou Babby. A mudança deu certo, e o pivô se destacou com oito pontos e um rebote ofensivo. O Flamengo também veio modificado com Washam no lugar de Marquinhos. O americano, ao lado de Meyinsse e Olivinha, manteve a produtividade no garrafão ofensivo na primeira metade do quarto.

Com o intuito de descansar Laprovittola e Meyinsse, José Neto mexeu na equipe, que sentiu. Babby passou a reinar absoluto debaixo da tabela. Shamell e Joe Smith, com duas bolas de três, fizeram com que a diferença, que era de 11 pontos, se diluísse para apenas um. Humberto, que também veio do banco, com uma bola de fora, colocou os visitantes na frente por dois (35 a 33).

Porém, a resposta rubro-negra veio de maneira imediata. Com cinco pontos seguidos, Marcelinho chegou a 12 e devolveu o líder do NBB ao comando das ações. No fim, o placar de 46 a 40 para o Flamengo retratou o que foi o primeiro tempo da partida, que teve Shamell como cestinha, com 13 pontos, e o capitão rubro-negro logo atrás, com 12.

O cenário da volta do intervalo foi o mesmo dos quarto anteriores. Babby continuava sendo um tormento no garrafão flamenguista, onde anotou cinco pontos seguidos, empatando a partida em 50 a 50. Marquinhos continuava no banco desde a metade do segundo período, e o Pinheiros aparentava estar mais ajustado em quadra.

Só que uma falta de Babby em Marcelinho pendurou o jogador, que foi poupado, sentando no banco de reservas. A ausência de força no garrafão forçou o atual campeão da Liga das Américas a jogar com Shamell. Mesmo bem marcado, o americano criou problemas para o Flamengo. Quando não era o ala a definir as jogadas, o garoto Humberto assumiu essa função. Sem se intimidar, o ala foi matando as bolas. O jogo ficou lá e cá. No fim do terceiro quarto, vantagem dos cariocas por um ponto: 61 a 60.

quarta-feira, 12 de março de 2014

MAIS BROCADOR!!!



Com Maracanã como aliado, Fla enfrenta o Bolívar pela Libertadores

No confronto desta quarta-feira, às 22h (de Brasília), time aposta no bom retrospecto no estádio para seguir com o objetivo de vencer os jogos em casa na fase de grupos

O Flamengo trata os jogos no Maracanã pela Libertadores como determinantes para conseguir uma vaga nas oitavas de final da competição e não repetir o fracasso da última participação, quando foi eliminado na fase de grupos em 2012. Nesse clima, o time entra em campo para enfrentar o Bolívar, da Bolívia, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Maracanã, pelo Grupo 7.

Depois de conquistar o título da Taça Guanabara ao vencer por 2 a 0 o Botafogo, quando usou seus titulares, o Flamengo volta a jogar embalado por bons resultados no ano. O time perdeu apenas duas vezes na temporada. No Maracanã, esses números são ainda mais fortes. Desde a reabertura do estádio no ano passado, foram 27 jogos, com 18 vitórias e apenas três derrotas. 

Do outro lado do campo, o Flamengo terá  o Bolívar. O time acabou de trocar seu treinador - Xavier Azkargorta é o novo comandante - e tenta deixar a lanterna do Grupo 7 da Taça Libertadores, com apenas um ponto somado em dois jogos.

Escalacoes
Flamengo: sem mistérios, o técnico Jayme de Almeida vem mantendo uma base durante a temporada. Com isso, as únicas mudanças no time são pelos desfalques dos laterais Léo Moura e André Santos. Contra o Bolívar, a formação será a seguinte: Felipe, Léo, Wallace, Samir e João Paulo; Cáceres, Muralha, Elano, Gabriel e Everton; Hernane.

Bolívar: a provável equipe de Azkargorta é: Romel Quiñónez; Edemir Rodríguez, Damir Miranda, Walter Flores, Nelson Cabrera, Edu Moya; Juan Miguel Callejón, Rudy Cardozo, Damián Lizio; William Ferreira e Ricardo Pedriel.

Quem esta
Flamengo: Léo Moura e André Santos foram vetados com problemas na coxa esquerda. Amaral cumpre o segundo e último jogo da suspensão aplicada pela Conmebol por causa da expulsão contra o León, do México.

Bolívar: sem suspensos ou lesionados, o plantel do técnico Xavier Azkargorta está completo.
header na historia 690 (Foto: arte esporte)

O Flamengo levou a melhor na última vez que enfrentou o Bolívar. Há mais de 30 anos, o time carioca goleou o boliviano por 5 a 2, no Maracanã, pela primeira fase da Libertadores de 1983. Júlio César, Adílio, Robertinho, Élder e Baltazar marcaram para o Rubro-Negro. Silva fez os dois gols do rival. Na ocasião, as equipes formavam o grupo com Grêmio e Blooming, também da Bolívia. Além deste duelo, Fla e Bolívar se enfrentaram em apenas outra oportunidade. Na Libertadores do mesmo ano, o Bolívar levou a melhor no jogo em La Paz, vencendo o time de Zico por 3 a 1.

segunda-feira, 10 de março de 2014

ANTECIPADO...



UM TIME CAMPEÃO
Jayme estranha título sem festa e já pede foco total na Libertadores ao Fla

Treinador rubro-negro elogia seu elenco após a conquista e fala que em momento algum clube cogitou abrir mão de ser campeão do primeiro turno do Carioca 2014
Fim de jogo no Maracanã, vitória por 2 a 0 e título da Taça Guanabara garantido por antecipação (reveja os melhores momentos do jogo no vídeo abaixo). Feliz, o técnico Jayme de Almeida deixa o banco de reservas querendo comemorar. Sem a presença da taça no gramado e com apenas tímidos gritos de 'É campeão' vindos da arquibancada, o comandante se dirigiu ao vestiário esperando encontrar alguma festa por lá. Quando chegou, não tinha ninguém no local. Quando voltava para o campo, deu de cara com os jogadores. O episódio foi contato aos risos pelo próprio Jayme na entrevista após o clássico deste domingo contra o Botafogo, no Maracanã. E retrata bem o que o técnico resumiu como uma 'conquista diferente'.
- Foi diferente, né? Quem ganha quer comemorar, mostrar o título, tirar foto. Talvez tenha sido inesperado, não sei. Ainda faltavam três rodadas, ninguém esperava o tropeço do Fluminense. Mas nada tira a nossa alegria e felicidade de ver o trabalho bem feito. Quando acabou o jogo, eu pensei: 'Será que vai ter festa'?. Sai do campo, fui para o vestiário e não tinha ninguém lá. Ai fiquei pensando: 'Será que a festa já está rolando no campo e eu não estou lá?' (risos). Fui correndo para o campo de novo e encontrei o time no meio do caminho para o vestiário. Fiquei meio perdido. Mas o sentimento era de dever cumprido - frisou.
Sereno como de costume, Jayme de Almeida rasgou elogios a seu grupo e ao planejamento que possibilitou a conquista da 20ª Taça Guanabara do Flamengo, seu segundo título como treinador. Como o primeiro objetivo da temporada alcançado por antecipação, o treinador deu o recado para seus jogadores: é hora de pensar apenas na Libertadores.
- Agora é foco total na Libertadores. Vamos jogar quarta no Maracanã e na outra quarta em La Paz. Serão dois jogos muito importantes para a nossa caminhada.
Após o título, o elenco do Flamengo se reapresenta já na tarde desta segunda-feira. Na próxima quarta, o Rubro-Negro volta a campo para enfrentar o Bolívar, às 22h (de Brasília), no Maracanã, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. Com três pontos ganhos em dois jogos, a equipe ocupa a segunda posição do Grupo 7.
Jayme de almeida flamengo
Taça Guanabara
Sempre valorizei o Campeonato Carioca por ter sido criado no Rio, sei da importância desse título. Por ter minha história no clube desde pequeno, sei que títulos do Carioca são importantes. A torcida do Flamengo gosta de ganhar, tem a rivalidade. Por isso sabíamos que não poderíamos abrir mão de disputar e de ficar entre os quatro. Ser campeão foi muito legal pelo o que fizemos nesse período. Se não me engano, apenas Cesar, Luan e Fernando não jogaram na Taça Guanabara. Esse título é de todos os jogadores. Eles foram fantásticos. Em momento algum tive dúvida do potencial deles e provaram isso com as várias equipes que entraram em campo. Todos corresponderam acima da média.
Reforços
Em todo o time do nível do Flamengo a tendência é sempre qualificar mais. Não podemos estacionar. Temos opções, o time está forte, todos estão sendo utilizados e correspondendo. Mas sempre podemos ver no mercado algum jogador que tenhamos interesse e condição de contratar. É sempre bom qualificar ainda mais o grupo.
Vantagem
Lutamos pelo título pelo simbolismo da Taça Guanabara e, acima de tudo, pela vantagem. Se a Taça Guanabara podia nos dar isso, lutamos por ela. Agora vamos com a vantagem até o fim.
Caminho certo?
Futebol é resultado. O que eu vejo é a evolução de todos. Temos um grupo grande, mas todos estão motivados e os resultados estão vindo. Isso que nos dá confiança. Quem entra rende bem. O ambiente é tranquilo e muito bom de se trabalhar. Os resultados nos dão a certeza de que podemos seguir com o trabalho.
Planejamento
Acho que o título veio através disso. Apostamos na qualidade dos nossos jogadores, confiamos no grupo. Começamos com uma equipe totalmente modificada. Mesmo com pouco tempo para treinar, ela deu conta do recado. Isso nos deu tranquilidade para mesclar o time no início. Era complicado, muito calor, jogos desgastantes. Fizemos um planejamento muito legal, tanto que conquistamos o título faltando ainda duas rodadas. Utilizamos todo o plantel, os jogadores pegaram ritmo de jogo e agora temos mais opções para mandar a campo.
Trabalho
É chato falar de mim. Essa avaliação tem de vir de vocês (jornalistas). Fiquei muito satisfeito com a forma como o Flamengo se portou nesse jogo. Com seriedade e atenção, controlamos bem a partida. Foi um grande resultado. Fico feliz pela segurança que o time demonstrou hoje. O Botafogo era franco atirador.
Ausência da taça
Foi diferente, né? Quem ganha quer comemorar, mostrar o título, tirar foto. Talvez tenha sido inesperado, não sei. Ainda faltavam três rodadas, ninguém esperava o tropeço do Fluminense. Mas nada tira a nossa alegria e felicidade de ver o trabalho bem feito. Entramos para ficar entre os quatro primeiros e para ganhar o título. Estamos muito felizes.
Reação pós-jogo
Quando acabou, eu pensei: 'Será que vai ter festa'?. Sai do campo, fui para o vestiário e não tinha ninguém lá. Ai fiquei pensando: 'Será que a festa já está rolando no campo e eu não estou lá?' (risos). Fui correndo para o campo de novo e encontrei o time no meio do caminho para o vestiário. Fiquei meio perdido. Mas o sentimento era de dever cumprido. Estamos desde janeiro nessa luta e muita gente desconfiou quando iniciamos com o time B. Mas deu tudo certo e chegamos ao título. Estou muito feliz principalmente pelo fato de usar todos os jogadores e eles corresponderem.
Quando perdemos para o Fluminense, falaram que poderia atrapalhar no jogo contra o Léon. Apesar da derrota, jogamos bem. Hoje vencemos e com certeza a motivação vai continuar em alta para quarta-feira.
Jayme de Almeida
Motivação
Quando perdemos para o Fluminense, falaram que poderia atrapalhar no jogo contra o Léon. Apesar da derrota, jogamos bem. Hoje vencemos e com certeza a motivação vai continuar em alta para quarta-feira. Esperamos a torcida em peso no Maracanã e isso nos deixa com a certeza de um bom jogo, com luta, vontade e equilíbrio. Vamos jogar com intensidade ao lado da torcida. Precisamos do resultado e uma vitória será um passo importante para a classificação.
Bolívar
É um time que se defende bem, que tem jogadores bons que atuam pelos lados do campo, um centroavante grande... Eles jogaram no erro do Emelec em Guayaquil e tiveram chances de ganhar. Mas desperdiçaram as oportunidades e foram derrotados com um gol de escanteio. O time deve vir fechado, apostando nos contra-ataques. Temos de ter muito cuidado e não tentar resolver o jogo de qualquer maneira. Não podemos dar espaços.
Léo Moura
Ninguém gosta de perder jogador. Léo Moura é o nosso capitão e é dúvida para a partida. Vamos ver como ele vai reagir ao tratamento. Mas confiamos em nossos atletas. Se ele não puder jogar, tomara que não aconteça, temos o outro Léo que vai entrar e dar conta do recado.
Baixo público
É sempre melhor ir para uma decisão com casa cheia. A motivação cresce. O que precisa ser feito? Com certeza planejar melhor o campeonato. Não pode ter esse público. Mas isso não faz parte da minha função. É constrangedor ir para um jogo de um time como o Flamengo, e ver 375 pagantes em uma quarta-feira de Cinzas, às 22h, em Volta Redonda. Alguma coisa está errada.
Tranquilidade
Agora é foco total na Libertadores. Vamos jogar quarta no Maracanã e na outra quarta em La Paz. Serão dois jogos muito importantes para a nossa caminhada. O título dá uma motivação maior, mas não tem nada ganho. Não tem jogo fácil na Libertadores. Vamos ter que jogar para ganhar do Bolívar. Foi muito bom ser campeão, mas já falei para o grupo: agora é descanso e repouso porque quarta-feira vai ser muito difícil.