Fla bate o Pinheiros e, 100%,
conquista o título da 'Libertadores do basquete'
No embalo da torcida que lotou
o Maracanãzinho, Rubro-Negro derrota o Pinheiros e conquista taça inédita para
o basquete do clube
Uma campanha impecável. Foi
assim que o Flamengo terminou com o título inédito e invicto da Liga das
Américas 2014 - a "Libertadores do basquete". No embalo de uma
torcida barulhenta, que lotou o ginásio do Maracanãzinho na noite deste sábado,
no Rio de Janeiro, o Rubro-Negro derrotou o Pinheiros, atual campeão do torneio,
por 83 a 76, e levantou a taça de campeão. O Aguada, do Uruguai, ficou com a
terceira colocação ao bater o Halcones Xalapa, do México, mais cedo.
É a terceira vez que um time do
Brasil conquista a Liga das Américas de basquete. O Brasília foi campeão na
temporada 2008/2009. No ano passado, a taça ficou com o Pinheiros. E esse ano,
com o Flamengo.
Um jogo estudado. Não poderia
ser diferente. Aplicados na defesa, Flamengo e Pinheiros não se arriscavam
muito. Enquanto os rubro-negros trabalhavam a bola à procura de uma brecha no
garrafão adversário, os visitantes usavam e abusavam dos tiros de três,
principalmente com Joe Smith e Jonathan Tavernari. Se o aproveitamento nos
chutes não era bom, nos rebotes ofensivos a história era outra. Foram quatro na
primeira metade do quarto, enlouquecendo a torcida na arquibancada. Em
contrapartida, o Flamengo também dominava a área pintada dos paulistas.
Olivinha e Meyinsse iam pontuando e dando vantagem ao Rubro-Negro. O americano
era forte sob a tabela contra os valentes Morro e Mineiro.
Até então zerado na partida,
Marcelinho acertou uma bola de fora, restando 2min28s para o fim do primeiro
quarto, e deixou a vantagem em sete pontos. Muito irritado, o técnico Cláudio
Mortari pediu tempo. Mas a conversa pareceu não ter surtido efeito. Na última
posse de bola do período, Shamell, que fazia partida discreta por estar bem
marcado, bobeou. O descuido foi aproveitado por Marcelinho, que partiu para o
contra-ataque, assistindo Marquinhos, que fechou a parcial em 25 a 15.
Para mudar o panorama no seu
garrafão, Mortari colocou Babby. A mudança deu certo, e o pivô se destacou com
oito pontos e um rebote ofensivo. O Flamengo também veio modificado com Washam
no lugar de Marquinhos. O americano, ao lado de Meyinsse e Olivinha, manteve a
produtividade no garrafão ofensivo na primeira metade do quarto.
Com o intuito de descansar
Laprovittola e Meyinsse, José Neto mexeu na equipe, que sentiu. Babby passou a
reinar absoluto debaixo da tabela. Shamell e Joe Smith, com duas bolas de três,
fizeram com que a diferença, que era de 11 pontos, se diluísse para apenas um.
Humberto, que também veio do banco, com uma bola de fora, colocou os visitantes
na frente por dois (35 a 33).
Porém, a resposta rubro-negra
veio de maneira imediata. Com cinco pontos seguidos, Marcelinho chegou a 12 e
devolveu o líder do NBB ao comando das ações. No fim, o placar de 46 a 40 para
o Flamengo retratou o que foi o primeiro tempo da partida, que teve Shamell
como cestinha, com 13 pontos, e o capitão rubro-negro logo atrás, com 12.
O cenário da volta do intervalo
foi o mesmo dos quarto anteriores. Babby continuava sendo um tormento no
garrafão flamenguista, onde anotou cinco pontos seguidos, empatando a partida
em 50 a 50. Marquinhos continuava no banco desde a metade do segundo período, e
o Pinheiros aparentava estar mais ajustado em quadra.
Só que uma falta de Babby em
Marcelinho pendurou o jogador, que foi poupado, sentando no banco de reservas.
A ausência de força no garrafão forçou o atual campeão da Liga das Américas a
jogar com Shamell. Mesmo bem marcado, o americano criou problemas para o
Flamengo. Quando não era o ala a definir as jogadas, o garoto Humberto assumiu
essa função. Sem se intimidar, o ala foi matando as bolas. O jogo ficou lá e
cá. No fim do terceiro quarto, vantagem dos cariocas por um ponto: 61 a 60.
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