terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Love diz que Pet errou ao agir de cabeça quente, mas confia em entendimento

Atacante lamenta ter vivido momento de transição na seleção, acha que dupla com Adriano pode melhorar e analisa passagem pelo Palmeiras
O atacante do Flamengo Vagner Love disse acreditar que o afastamento do meia Petkovic, acarretado pela discussão do meia com o vice-presidente de futebol rubro-negro, Marcos Braz, seja resolvido com uma boa conversa. Em entrevista ao programa “Arena SporTV” desta segunda-feira, o camisa 9 disse que o sérvio errou ao deixar o estádio após ter uma discussão com o dirigente, pois tomou uma atitude com “os nervos à flor da pele”.
- Nessa situação, é claro que a gente fica chateado. Jogador não quer sair, porque quer ajudar. Mas tem gente de fora que enxerga melhor que a gente. Tem o Andrade, tem o auxiliar na arquibancada. O Andrade achou que era melhor mudar, e deu certo. A atitude que o Pet tomou foi errada, de ter saído no intervalo. Não sei exatamente o que aconteceu, mas poderia até complicar o Flamengo ou ele próprio, se ele cai para fazer o exame antidoping. A única coisa que posso dizer é que a atitude dele foi errada. O Pet é um jogador experiente. Ali na hora, com os nervos à flor da pele, a gente toma a atitude errada. Depois, ele deve ter pensado melhor, e acho que hoje ele vá pedir desculpas para todo o grupo
Sobre o aproveitamento da dupla de ataque rubro-negra formada por ele e Adriano, Love disse que espera que isso continue acontecendo na temporada e que se reflita nas suas chances de disputar a Copa do Mundo.
- Por enquanto está dando certo. A gente sabe que ainda tem muito para evoluir, muito para melhorar. Tenho que agradecer o carinho da torcida. Estou muito feliz por jogar no Rio de Janeiro e no Flamengo, que é meu clube do coração. Espero que essa dupla dê muito certo, não só no Fla, mas na seleção também.
Love disse saber da dificuldade de conseguir uma vaga no time que disputa a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Mas garante que estará torcendo pelo seu parceiro Adriano.
- Ele é um dos candidatos a estar na Copa do mundo. Se eu não for e ele for, vou torcer para ele brilhar lá. É um grande amigo.
O Imperador recebeu elogios do atacante, que disse ser um jogador que facilita o seu trabalho em campo.
- O Adriano é um jogador de muita força, que tem técnica, habilidade e é inteligente. A gente está procurando se completar. Acho que ele vai facilitar muito para mim pelo meu jeito de jogar. Vou procurar facilitar pra ele também. A gente tem amizade fora de campo, mas por eu ter jogado cinco anos na Rússia, e ele na Itália, o encontrava mais nas férias. Hoje, temos a oportunidade de estarmos juntos, conversar, e trocar uma ideia.
Love ainda analisou a sua passagem pela seleção, assumindo a vaga de atacante em um momento de transição, logo no começo da Era Dunga.
- Procurei fazer meu melhor nas vezes que tive oportunidades, fazer gols, mas infelizmente não aconteceu. Tentei ajudar de outras formas. Na última Copa América, fiz mais assistência que gol. Mas atacante vive de gol. Na seleção, era época de formação, com jogadores buscando espaço, e ainda não havia entrosamento. Hoje, a seleção está mais formada. Se eu tiver uma nova oportunidade, com certeza vai ser diferente. Já estou mais maduro e acho que me daria muito melhor agora.
Sobre a sua passagem pelo Palmeiras e a melhora de rendimento com a camisa rubro-negra, Vagner Love diz achar que tudo foi decorrência da fase ruim vivida pelo clube paulista na reta final da temporada passada.
- Eu estava um pouco mais preso no Palmeiras, mas acho que não fui tão mal assim. Acho que, quando o time caiu de produção, o jogador também cai, e foi isso que aconteceu. Mas a culpa caiu em cima de mim. Agora estou mais feliz. Não que não estivesse no Palmeiras. Mas estou na minha casa, mais perto da minha família. Isso está fazendo com que eu renda mais em campo - disse.
Ainda curtindo a virada por 5 a 3 em cima do Fluminense, domingo, no Maracanã, Love disse que que “passou um filme” em sua cabeça no intervalo do jogo, quando o Flamengo perdia por 3 a 1.
- Passa aquele filme no vestiário de que, se perder, vai ficar um clima chato, aquela turbulência até quarta-feira. Mas no vestiário, conseguimos nos entender. Sabíamos que não estávamos conseguindo marcar certo. A partir do momento que o Andrade conversou com a gente, fez a mudança e acertou na marcação, conseguimos o resultado. É até engraçado, porque treinamos antes. Mas no jogo é diferente. Não nos acertávamos em campo. Sabíamos como o Conca ia se movimentar, o que o Maicon e o Alan iam fazer. Mas não conseguíamos nos achar. No intervalo, acertamos isso.

Fonte: globoesporte.com

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