quarta-feira, 31 de agosto de 2011


Reta final, estamos aí!

O Flamengo fez a curva do 1º turno do Campeonato Brasileiro em melhores condições do que na largada, o que não deixa de ser um belo alento para nós Rubro-Negros, tendo em vista as incertezas que pairavam, como nuvens negras em nossas cabeças, no pontapé inicial da competição;
A defesa, principal preocupação em função da decadência física do Ronaldo "Original" Angelim, dos arroubos do estabanado Welliton e da fragilidade técnica dominante na lateral-esquerda, inicialmente povoada nada mais nada menos por Egídio ou Rodrigo Alvim até o acerto final com Júnior César, está entre as que menos levaram gols em 19 jogos. Não quero dizer que está tudo bem, principalmente no miolo da zaga, onde Luxemburgo desafia o bom senso da multidão que veste o vermelho e preto com a manutenção, como titular, de um jovem jogador completamente despreparado para a missão, conforme provado e comprovado ao longo de dezenas de jogos, desde longe como dizia o velho Brizola, desde o Estadual.Creio que finalizaremos o ano com Alex Silva e Gustavo, alternando com Angelim, como os donos do pedaço oferecido com muitas oportunidades não aproveitadas por aquele apavorado zaqueiro;
O meio de campo, que não inspirava grande cuidados na criação com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, ganhou consistência na entrada da área com a chegada do Aírton, aliás, a partir da sua presença o Flamengo ficou algumas partidas sem levar gols e depois que foi submetido a uma cirurgia no joelho a maionese desandou, com largas avenidas abertas que levaram os adversários até a cara do goleiro Felipe, apesar das extraordinárias atuações do Willians no quesito "roubadas de bola";
O ataque, outro ponto nevrálgico, desde o Cariocão, foi definido apenas numa perspicaz constatação de Fernando Calazans no sentido de que "os melhores são sempre os reservas". Bela observação. Quando jogam uns preferimos outros. Quando estes são escalados preferimos aqueles num claro sinal de que ninguém está agradando à torcida. Ao Vanderlei Luxemburgo agrada, pelo menos nas entrevistas, nas quais, Deivid, por exemplo, bate um bolão contrapondo à bolinha jogada e perdida dentro de campo;
Por citar o Luxa, entre muitos acertos e alguns desacertos, o professor insiste até a exaustão em querer fazer do Ronaldinho um quase centro-avante. Uma coisa é vir de trás para concluir, como fazia muito bem o Íbson e agora o faz o Thiago Neves, outra bem diferente é jogar de costas para os zaqueiros adversários. Testar Diego Maurício como centro-avante nem passa pela cabeça do nosso treinador, sendo mais fácil um elefante avançar pelo buraco de uma agulha como ensina a Bíblia Sagrada. Por mim, jogaria com Negueba e Diego Maurício na frente, Thiago Neves e Ronaldinho mais atrás, e Willians e R11 como volantes até a volta do Aírton ou Maldonado;
E seja o que Deus quiser de acordo com a filosofia de que "jogar pra frente não dói";
Finalizando, embora este seja um espaço rubro-negro, porém extremamente dotado com cores humanas, desejo enviar um abraço fraternal ao Ricardo Gomes, exemplo de bom caráter para nossa juventude tão carente de valores referenciais na vida pública de nosso país, desejando-lhe pronta recuperação necessária para o próprio que a merece, para a sua família que agora sofre num mar de dúvidas próprias da situação e para todos que o admiram;
Força Ricardo, tenho certeza de que você tomara a bola, mais uma vez com a costumeira elegância, desse traçoeiro adversário que o atingiu de forma cruel. E correrá para uma vida feliz ao lado daqueles que o amam.

Fonte: butecodoflamengo

RETOMAR A LIDERANÇA...


Sem vencer há quatro jogos, Fla visita o animado e desesperado Avaí
Time da casa vem de vitória heroica no clássico contra o Figueira, mas tem
pela frente um candidato ao título. Ronaldinho dá 'até logo' rumo à Seleção

O Flamengo começa nesta quarta-feira, contra o Avaí, às 21h50m, na Ressacada, a segunda parte do seu caminho na briga pelo título. Na primeira partida pelo returno do Brasileirão, o Rubro-Negro tenta quebrar uma sequência de quatro jogos sem vitórias na competição, enquanto o time catarinense tenta pegar o embalo pela vitória por 3 a 2 sobre o rival Figueirense na última rodada para espantar o fantasma do rebaixamento.
Na vice-liderança com 36 pontos, um a menos do que o Corinthians, o Flamengo completou uma série de quatro partidas sem vencer: empate com o Palmeiras (0 a 0), derrota para o Atlético-GO (1 a 4) e mais dois tropeços contra Internacional (2 a 2) e Vasco (0 a 0).
Depois da partida, Ronaldinho Gaúcho se apresentará à Seleção Brasileira para o amistoso contra Gana, na próxima segunda-feira. O craque desfalcará a equipe na partida diante do Bahia, domingo, no Engenhão.
Enquanto o Flamengo luta na parte do alto da tabela, o Avaí tenta sair da incômoda 18ª colocação. Com 17 pontos, o time venceu apenas quatro vezes no Brasileirão e vive assombrado pela degola. Além disso, a equipe tem a defesa mais vazada da competição: 40 gols sofridos em 19 jogos.
o que esta em jogo
Avaí:  o time mostrou grande poder de superação  no clássico contra o Figueirense. Mesmo jogando na casa do rival e depois de ficar duas vezes atrás no placar, a equipe conseguiu a virada heroica e esse desempenho é tido como um exemplo em busca da reação, já que o Avaí ainda amarga a zona do rebaixamento.
Flamengo: O Flamengo segue em busca da liderança do Brasileirão. Com 36 pontos, o Rubro-Negro quer bater o Avaí, e torce por um tropeço do Corinthians, que tem 37, diante do Grêmio, no Pacaembu. O Rubro-Negro vem de uma sequência de quatro partidas sem vitórias no Brasileirão..
as escalações 2
Avaí: Diogo Orlando entra na vaga do suspenso Acleisson. A dúvida fica no ataque. Robinho poderá permanecer no time. Rafael Coelho, que cumpriu suspensão no domingo, treinou entre os reservas nesta terça. O Avaí deverá entrar em campo com Felipe; Gustavo Bastos, Bruno e Dirceu; Arlan, Diogo Orlando, Pedro Ken, Lincoln e Romano; William e Robinho (Rafael Coelho).

Flamengo: com os desfalques de Airton e Alex Silva, lesionados, e Welinton e Junior Cesar, suspensos, Vanderlei Luxemburgo terá a volta de Thiago Neves, recuperado de um estiramento na coxa direita. O treinador não confirmou o time, mas a equipe que deve ir a campo é Felipe, Léo Moura, Gustavo, Ronaldo Angelim e Renato; Willians, Luiz Antonio, Bottinelli e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid.
quem esta fora
Avaí: Acleisson, suspenso. Cássio e Caçapa seguem machucados
Flamengo: Luxemburgo não poderá contar com Airton, que se recupera de cirurgia no joelho esquerdo, Maldonado, em fase final de preparação física após lesão, Alex Silva, que se contundiu na partida contra o Vasco, e David Braz, que sofreu com uma forte amigdalite.
pendurados
Avaí: Arlan, Cleverson, Gustavo Bastos, Marcos Paulo, Romano e William.
Flamengo: Felipe, Bottinelli, Willians e Muralha.
fique de olho 2
Avaí: o lateral Arlan teve grande atuação no clássico contra o Figueirense, com ótimas assistências. William, autor de dois gols no último domingo, também merece destaque.
Flamengo: Diante do Vasco, no último domingo, Ronaldinho Gaúcho passou em branco. Com 10 gols no Brasileirão, o jogador é, como de costume, a grande aposta do Flamengo para conseguir a vitória. Depois da partida, o camisa 10 segue para a Seleção Brasileira, para o amistoso contra Gana.
o que eles disseram
Toninho Cecílio, técnico do Avaí: "Precisamos ter disciplina tática, conservadorismo defensivo, cautela de respeitar o adversário e diminuir os espaços. O Flamengo é candidatíssimo ao título não só pela equipe, pela camisa e história. O seu comandante é um dos melhores treinadores com quem já trabalhei".
Felipe, goleiro do Flamengo: “Não podemos deixar mais pontos para trás. Em duas oportunidades, ficamos quatro jogos sem vencer e depois engatamos quatro vitórias seguidas. Esperamos que isso possa acontecer também contra o Avaí”
números e curiosidades
* Quem venceu mais? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
*Avaí e Flamengo se enfrentaram apenas seis vezes pelo Campeonato Brasileiro. O primeiro confronto aconteceu em 1974 (27/04/74), em Florianópolis, e teve vitória do Flamengo por 1 a 0, gol de Zico. Em 2009, Fla e Avaí empataram sem gols no Maracanã e, no returno, o Avaí venceu por 3 a 0 na Ressacada, gols de Luís Ricardo, Léo Gago e Fabinho Capixaba. Ano passado, empate por 1 a 1 no Maracanã e por 2 a 2 na Ressacada. No primeiro turno deste ano, goleada rubro-negra por 4 a 0 em Macaé.
* Computando jogos por diferentes competições e amistosos, foram 11 confrontos entre Flamengo e Avaí, com sete vitórias do Fla, três empates e uma vitória do Avaí, 22 gols do Fla e 11 da equipe catarinense. Curiosamente, todos os cinco amistosos entre Flamengo e Avaí tiveram vitórias da equipe rubro-negra (3x0/61; 4x2/67; 2x1/87; 2x0/94; 3x2/2000). O primeiro confronto entre Flamengo e Avaí aconteceu há 50 anos. No dia 04/06/61, o Fla venceu por 3 a 0, gols de Henrique (dois) e Gérson em amistoso disputado em Florianópolis.
último confronto
  No dia 21 de maio, em Macaé, o Flamengo não tomou conhecimento do Avaí e goleou por 4 a 0, com gols de Bottinelli, Ronaldinho, Thiago Neves e
Diego Maurício. A partida foi válida pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

Fonte: globoesporte.com

terça-feira, 30 de agosto de 2011


O Final de Turno e Os Sentimentos Conflitantes

Buon Giorno, Buteco! Chegamos ao final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro da Série A de 2011 a um ponto do Corinthians, com o mesmo saldo de gols e o melhor ataque do campeonato, além do menor número de derrotas, apenas uma única, e ainda temos o melhor e mais decisivo jogador do campeonato (Ronaldinho Gaúcho); porém, com o menor número de vitórias entre os cinco primeiros colocados, que constitui um importante critério de desempate, como sabemos, e, disparado, o maior número de empates, quase o dobro do "vice" nesse quesito, sendo que a única derrota aconteceu na nada boa sequência de quatro jogos sem vitória completada no empate sem gols contra o Vasco da Gama ontem, no Engenhão, no qual o adversário foi, sem dúvida, superior na maior parte da partida, inclusive nas chances de gol criadas. Sentimentos conflitantes. Nada perdido, tudo a conquistar. Excelente campanha, mas muito a mudar.
O jogo de ontem, para mim, foi paradigmático. Dizem que, quando a gente já tem uma opinião formada a respeito de um assunto, só enxerga o que quer, mas eu realmente acho que ontem o Flamengo mostrou qualidades e defeitos que vêm sendo discutidos aqui no Buteco nos últimos meses. Começo pelo primeiro tempo: até a expulsão do Welinton, ou seja, enquanto estávamos em igualdade de atletas em campo com o adversário, o Vasco da Gama já era, inegavelmente, superior, com mais chances de gol criadas. É verdade que o Leonardo Moura perdeu inacreditavelmente uma na cara do gol, mas o Vasco teve outras em maior número sob a batuta do excelente Juninho Pernambucano. Depois da expulsão de Welinton, por pouco o Flamengo não saiu para o vestiário em desvantagem, mas por muito pouco mesmo.
A verdade é que o meio campo do Flamengo não existiu. Bottinelli, que a cada jogo parece piorar, não jogou absolutamente nada; Luiz Antonio parecia não saber o que fazer; Renato Abreu, que Vanderlei Luxemburgo parece não admitir, em hipótese alguma, que não tem aptidão para executar atribuições ofensivas com a frequência que ele deseja, e no esquema que ele insiste em implantar, foi um espectro, e sobrou Willians com sua incansável raça tentando salvar a pátria rubro-negra.
O segundo tempo, para mim, mostrou que Luxemburgo ainda é um grande técnico. Duas substituições perfeitas, as duas que restavam, diante da necessária após a contusão de Alex Silva, e sem zagueiro no banco após a expulsão de Welinton, conseguiu neutralizar o jogador a mais que o Vasco possuía em campo com a entrada principalmente de Negueba, que revezava entre as funções defensiva e ofensiva, puxando os contra-ataques. Quanto ao meio de campo, deve-se dizer o inverso naquele segundo tempo: não se pode reclamar uma vírgula de Renato Abreu, Luiz Antônio ou de Muralha, que foram três guerreiros aplicados e perfeitos taticamente ao se desdobrarem em dois, cada um, impedindo os adversários de dominar o setor. Faltou talento? Sim, faltou aos três; contudo, sob a liderança de Renato, que sem dúvida colocou o coração na ponta da chuteira, o Flamengo equilibrou uma partida que parecia destinada a ter um final trágico.
Mas o que podemos esperar desse segundo turno? O que pode ser feito para acabar com essa sequência de resultados ruins, agora, principalmente, que o Ronaldinho se afastará para servir a seleção? Eu, humildemente, longe de querer fazer sugestões, tenho alguns pontos nos quais Luxemburgo não pode mais insistir, porque a repetição modorrenta e implacável dos fatos produziu caudaloso substrato probatório que somente o mais teimoso (quem sabe por isso ao mesmo tempo talentoso?) de todos os treinadores desde Telê Santana se recusa a admitir:
a) Welinton na zaga: o rapaz não leva a profissão com a seriedade que um zagueiro de um time do porte do Flamengo deve levar. O lance de ontem foi definitivo. Luxemburgo está expondo o rapaz e a sorte da equipe na competição ao insistir nesse evidente erro. Por sinal, Angelim ontem fez uma boa partida contra um adversário que pressionou o tempo inteiro. A depender das recuperações de Alex Silva e David Braz, Angelim e Gustavo são opções, ao lado dos dois, que deveriam estar à frente de Welinton.
b) Renato Abreu como armador: realmente não é possível que o Luxemburgo não enxergue o óbvio. No esquema que ele adota, o tal do losango, com um volante à frente da zaga, e dois mais à frente, um na direita e na esquerda (Renato Abreu), com as funções de marcar e de apoiar, exige de Renato Abreu algo que, pela idade avançada e pela falta de talento, não consegue executar. O meio de campo do Flamengo está cada vez pior no setor criativo e o time já chega a quatro partidas sem vencer. Por que não tentar o esquema com apenas dois volantes e deixar o Renato à frente da zaga, como volante, que é a função que ele sabe executar, do lado esquerdo, ao lado de outro volante ao lado direito?
c) Ainda o meio de campo: aqui será preciso "ter olho" dentro do elenco e sobretudo aquela "conversa de pé-de-ouvido" com alguns jogadores. A começar pelo "portunhol". As atuações de Bottinelli estão cada vez piores e sofríveis. Podem ser bem melhores. Acredito que o treinador possa conversar com o jogador, saber o que se passa, quem sabe lhe transmitindo confiança, mas a verdade é que o Flamengo precisa de uma solução para o setor, agora, principalmente, com a contusão do Thiago Neves. O rendimento do meio campo tem direta influência no desempenho do ataque. Nosso ataque é limitado e tem poucas opções, como sabemos, mas é o mais positivo do campeonato graças, especialmente, a formações ofensivas adotadas em momentos nos quais jogadores como Thiago Neves, Diego Maurício, Bottinelli e Negueba estavam em boa fase e rendendo bem quando entravam. A recuperação dos três primeiros, seja física, seja técnica e psicológica, conforme o caso, é a chave para o Flamengo retomar o rendimento de outrora. E o Flamengo tem que voltar a vencer na próxima rodada.
d) Ataque: todos sabemos que são poucas as opções, mas e aí: Negueba está pronto para ser titular ou deve começar no banco? Observem que a dúvida não é pequena, não é simples. Se for alçado à condição de titular, o treinador deixa de ter uma das armas letais das quais se valeu em várias partidas para mudar o panorama das partidas e vencê-las ao longo do primeiro turno. Além disso, jogadores mais jovens, como Thomaz e Rafinha, apenas para mencionar dois exemplos, estão prontos, como Luiz Antônio, Diego Maurício e o próprio Negueba, para começarem a entrar?
Vamos lá, galera. Gostaria de saber a opinião de vocês, amigos do Buteco. O que o Luxemburgo deve fazer, na opinião de vocês, nesse segundo turno e, principalmente, de imediato para o Flamengo voltar a vencer?
Ricardo Gomes

Há figuras no esporte que, por sua postura, pairam acima das coisas ruinas que as pessoas costumam fazer, principalmente em um meio como o futebol. E é uma pena que justamente uma pessoa com tamanha dignidade seja tão fragilizada em sua saúde, que, jovem que é, tenha, em curto espaço de tempo, sofrido duas vezes do mesmo mal, o que talvez prejudique a continuidade de sua carreira.
Antes de qualquer coisa, estamos todos torcendo pela recuperação do ser humano Ricardo Gomes. Força Ricardo.

Fonte: butecodoflamengo

NOSTALGIA RUBRO-NEGRA - PARTE 7


Flamengo Campeão da Copa do Brasil 1990

História

O primeiro ano da década de 90 ficou marcado por uma conquista nacional do Flamengo, a Copa do Brasil. De forma invicta, o Rubro-Negro bateu o Goiás na Final, comandado por Júnior, Djalminha e Zinho.
Preparando uma geração que viria a ser campeã brasileira em 1992, o time da Gávea venceu Capelense, Taguatinga, Bahia e Náutico antes da grande final contra o Goiás.
Na primeira partida, diante do Esmeraldino, no Estádio Municipal de Juiz de Fora, o Fla venceu por 1x0, com gol de Fernando, aos 16 do segundo tempo, diante de apenas 2.500 pessoas. No jogo de volta, no Serra Dourada lotado com quase 50.000 torcedores, o Flamengo segurou o empate de 0x0, e garantiu o título da competição.

O Elenco

sábado, 27 de agosto de 2011


O Flamengo Real x O Flamengo Possível

Qual o Flamengo possível? Em termos administrativos o Flamengo é um clube desorganizado, pequeno pela dimensão nacional de seu quadro de torcedores, e ocupado por uma casta que se reveza no poder amparada por um estatuto antiquado mantido para preservar os poderes do grupo. Este grupo, evidente, mantém sob controle um agrupamento de associados os quais se reúnem periodicamente para votar em candidatos que prometem melhorias na sede e uma suposta "Modernização" administrativa, que invariavelmente é incluída como uma forma cruel de piada nas campanhas dos "presidenciáveis".
Estes associados, em sua maioria, olham para o Futebol do Flamengo, como uma espécie de vizinho indesejável, barulhento. Daqueles que fazem arruaça pela madrugada e mantém 6 poodles dentro de casa latindo alto 24/horas por dia. Não gostam do futebol, querem distância.
E é esta gente que decide sobre o seu, o meu, o nosso Clube do Flamengo. Milhões de torcedores que sofrem, anseiam e também se alegram com as partidas de seu time de coração. Este clube, mal-administrado, devedor compulsivo, gastador desenfreado, com pouquíssimo pessoal qualificado na área executiva, é o suporte em que um orçamento gigantesco vai para um lado e pro outro, invariavelmente gerando balanços inexplicáveis com rombos e contratos mal-feitos os quais preferem silenciar. Este é o Flamengo real administrativamente.
E o Flamengo possível? O Flamengo possível é aquele que aproveita seus milhões de torcedores espalhados em um plano de sócio-torcedor de abrangência nacional, que profissionaliza o Departamento de Futebol para maximizar seu rendimentos e manter uma filosofia de trabalho vencedora à despeito do presidente eleito para cuidar da Sede Social. Que retém os melhores profissionais em marketing, finanças, gestão de contratos, preparação física, treinamentos, aprimoramentos táticos e técnicos. Enfim, que se consolide como uma Estrutura executiva multinacional que lide satisfatoriamente e profissionalmente com os múltiplos recursos financeiros que giram no Universo de futebol.
E quanto ao time? É possível melhorá-lo? O Flamengo Real de hoje tem potencial para aprimorar seu jogo? Sim, mas aí caímos na eterna discussão entre o Flamengo que cada um da torcida deseja e o que o treinador, com sua visão particular, planeja. O que vejo é o treinador insistindo ao menos por enquanto, numa zaga problemática, com um zagueiro inseguro, Wellington. Em um trio de volantes que empaca os homens da frente quando jogam os três: Renato, Williams e Airton. O passe não sai, os atacantes ficam isolados e dependem demais da chegada dos laterais, que demoram ou não vão. Aí temos a genialidade do Ronaldinho. Ele recua, vai pro meio, vai para a lateral, prende a bola para o trem do Flamengo chegar na frente, enfim, dá seu show particular do qual é muito bem (e merecidamente) pago. E temos Thiago Neves que parece que de repente não se encontrou mais no time e Deivid, nosso centroavante Inacreditável, que embora com mais mobilidade hoje não seria o centroavante que precisaríamos para aproveitar os passes do Ronaldinho.
Enfim, o Flamengo Real é uma parcela do que pode ser o Flamengo Possível. Conquistou vários pontos, está em segundo lugar no campeonato brasileiro e é difícil de perder mas ainda tem muito o que aprimorar e melhorar. E por isto que digo: Temos tudo para sermos campeões este ano! Flamengo ainda tem muito pano para manga para crescer. O Futebol vai incomodar os associados de novo!

Fonte: butecodoflamengo