segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Luxa arquiteto: técnico tem desenho do Fla com Ronaldinho Gaúcho

Craque estreia nesta quarta-feira, contra o Nova Iguaçu, no Engenhão

                                                                                                                                                         Luxa articula o Fla com Ronaldinho Gaúcho: estreia
na quarta-feira
vanderlei luxemburgo flamengo x vasco
É chegada a hora. Ronaldinho Gaúcho entra em fase final de recuperação. A dois dias da estreia com a camisa do Flamengo, o craque fará mais um teste nesta segunda-feira. Ele e os jogadores que não entraram em campo na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, neste domingo, vão enfrentar os juniores do clube em jogo-treino, no Ninho do Urubu, às 17h. O encontro do astro com a torcida rubro-negra está marcado. Será na quarta-feira, contra o Nova Iguaçu, às 22h (de Brasília), no Engenhão.
- Vamos com calma, criar a expectativa até quarta-feira para saber como vai ser. Ele está ansioso. Diminuí um pouco o treinamento dele. Faltando pouco tempo para estrear, trabalhar pela manhã e à tarde fica sacal – disse Vanderlei Luxemburgo.
O treinador acredita que o efeito Ronaldinho trará muitos benefícios ao Flamengo. Sem falar nas opções táticas, que crescem a partir da entrada do meia-atacante. Para Luxa, com R10 o Rubro-Negro ganha corpo.
- Ele vai acrescentar muito. (Contra o Vasco) Joguei com dois jogadores soltos (Vander e Thiago Neves) e com um atacante (Deivid) e eles chegavam toda hora. Ele pode jogar adiantado, por trás. Vamos adquirir o respeito do adversário. Com ele, o adversário sabe que a qualquer momento uma jogada pode resultar em gol, como foi com o Thiago.Vai ter dificuldade como o Thiago. Talvez nem tanto porque é mais experiente, mais rodado, fica mais fácil um pouquinho.
Luxemburgo arquiteta, mas não revela a opção tática para o jogo contra a equipe da Baixada Fluminense. Caso decida mexer pouco no time e manter o 4-2-3-1, uma das opções seria a troca de Egídio por Renato na lateral esquerda. No meio, jogariam Ronaldinho, Thiago Neves e Vander.
- Tenho algumas possibilidades, inclusive alternando bastante o quadro tático. Vamos ver qual vai ser a melhor. Tudo tem sido uma conversa constante entre nós. Estamos começando a adaptar o Ronaldo ao time. Vou preparar a equipe, tenho na cabeça uma possibilidade. O Darío Bottinelli também pode entrar na quarta-feira. Começamos a ter o elenco à disposição.
O Flamengo é o líder do Grupo A da Taça Guanabara, com 12 pontos. Em quatro jogos, foram quatro vitórias.
Fonte: globoesporte.com

sábado, 29 de janeiro de 2011

PREPARATIVOS DE LUXO


Em rachão animado, Ronaldinho leva e distribui ‘broncas’
Rubro-negro está pronto para o clássico contra o Vasco, neste domingo


Coletivo na Colina, rachão no Ninho do Urubu. A manhã de sábado foi bem diferente para os rivais. Enquanto o técnico interino do Vasco, Gaúcho, teve de montar o time que enfrenta o Flamengo neste domingo, Luxemburgo observou seus jogadores num tranquilo e animado rachão. Os rubro-negros também fizeram exercícios físicos. A equipe que disputará o clássico está definida. A única mudança será no meio-campo. Maldonado vai estrear no Carioca, e Fernando volta ao banco.
Ronaldinho Gaúcho no rachão do Flamengo
- Estou me sentindo muito bem. Fiquei praticamente um mês fazendo a parte de fortalecimento muscular para poder entrar nos treinamentos com os companheiros. Estou evoluindo. Amanhã (domingo, espero me entrosar o mais rápido, vai ser o meu primeiro jogo, quero poder ter condição de jogar normalmente – disse o chileno.

O goleiro Felipe foi poupado das atividades. Ele sente dores na região lombar, mas pelo menos por enquanto não preocupa para a partida. Nas demais posições, será o mesmo time que derrotou o Americano, na última quarta-feira. Léo Moura, Welinton, David e Egídio completam a defesa. Além de Maldonado, o meio terá Willians, Renato, Vander e Thiago Neves. Deivid será o único atacante.

No recreativo, Ronaldinho e Thiago Neves ficaram em equipes diferentes. O Gaúcho ficou no time de Léo Moura, enquanto Thiago fez parte da turma de Renato, que saiu vencedora. O craque distribuiu e recebeu “broncas” dos colegas, principalmente do zagueiro David e do volante Willians, que jogaram de atacantes.

- Ah, Ronaldo! - reclamou Willians, após um erro de passe do camisa 10.

- Eu tentei passar para você - explicou o volante, enquanto Ronaldinho, livre, pedia bola na frente do gol.

O astro também provocou os adversários, principalmente Jean. Assim que o zagueiro fez falta sobre um companheiro da equipe de R10, o craque brincou:

- Sempre assim, né? Sempre assim.

Depois, num dois toques em meio campo só entre os reservas, o meia-atacante fez um belo gol. Ronaldinho está em fase final de preparação para a estreia. Na próxima quarta, ele entra em campo para enfrentar o Nova Iguaçu, pela quinta rodada do Grupo A da Taça Guanabara.

Vasco e Flamengo se enfrentam às 19h30m (de Brasília), no Engenhão. Os cruzmaltinos ainda não pontuaram na chave. Foram três derrotas em três partidas. O Fla é o líder: nove pontos e 100% de aproveitamento.

Presidente visita o CT

No fim da manhã, a presidente Patricia Amorim chegou ao Ninho para encontrar o vice de patrimônio do clube, Alexandre Wrobel. A visita, segundo ela, é para tratar da estrutura do CT, que passou por melhorias durante as férias dos jogadores e a pré-temporada em Londrina, no interior paranaense.

FLA VACINADO...

Crise do Vasco é atualizada em tempo real no Flamengo por Felipe

Goleiro lê, via celular, últimas notícias do adversário e tenta evitar euforia e diz que Fla não tem obrigação da vitória: ‘Futebol não é assim’


Luxemburgo e Felipe no treino do Flamengo                                                                            Felipe não quer saber de euforia no Fla antes do
clássico diante do Vasco 
Após saltar, espalmar e suar, o goleiro Felipe deixou o campo do Ninho do Urubu direto para o vestiário. Pegou o celular e acessou a internet em busca de notícias sobre a crise do Vasco. Soube que o xará Felipe e Carlos Alberto foram afastados e não jogam o clássico de domingo, no Engenhão.
Espalhou aos companheiros a informação, mas evitou a euforia. O adversário está em crise e coleciona três derrotas em três jogos. E nesta sexta-feira, além dos afastamentos de seus dois principais jogadores, demitiu o técnico Paulo César Gusmão.
- Precisamos saber que a pressão fica fora de campo. Se não fizermos o nosso papel, o Vasco vem e atropela – declarou o camisa 1 rubro-negro.
Felipe recordou que passou por situação semelhante no Corinthians. Em 2007, à beira do rebaixamento no Brasileirão, o time surpreendeu e venceu o líder e futuro campeão São Paulo por 1 a 0, gol de Betão.
- Futebol é assim, uma caixinha de surpresas. Esse é o ditado mais velho que existe. Clássico é clássico e vice-versa. Em 2007, com o Corinthians quase rebaixado, vencemos o São Paulo campeão. Se o Vasco estivesse em situação um pouco melhor todo mundo diria que é meio é meio. Parece que o Flamengo tem obrigação de ganhar, mas futebol não é assim – alertou.
O goleiro deu conselhos aos vascaínos sobre como escapar da má fase. Mas fez uma ressalva: que a recuperação aconteça após o duelo deste domingo, às 19h30m (horário de Brasília).
- Nesses momentos tem que tentar fazer o mais simples possível. Pode chutar a bola para o gol vazio que aparece o gasparzinho e tira. Mas é fase ruim que vai passar. Na primeira vitória, não sendo no domingo agora, as situações vão melhorar – afirmou.
FONTE: Globoesporte.com

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

FLA SEM ILUSÕES

Para Thiago Neves, Fla não pode cair na armadilha do Vasco inofensivo

Rival no clássico de domingo coleciona derrotas: ‘Não adianta entrar achando que o Vasco está mal, senão vamos perder o jogo’, diz o camisa 7


Thiago Neves no treino do Flamengo                                                                           Thiago Neves está certo de que Vasco será o difícil
rival de sempre
Flamengo: três vitórias, liderança do Grupo A, título da Copinha, expectativa para a estreia de Ronaldinho Gaúcho. As boas notícias se espalham. Adversário de domingo, o Vasco vive momento inverso: três derrotas para equipes consideradas pequenas, lanterna da chave, briga entre jogador e presidente, técnico ameaçado e crise entre atletas e torcida. Um caos em menos de um mês de temporada.

Porém, se Ronaldinho diz que Flamengo é Flamengo, a máxima do futebol também é óbvia e avisa que “Clássico é clássico”. Por isso, por mais que a etiqueta de favorito esteja pendurada no uniforme de cada um dos jogadores rubro-negros, o discurso é de seriedade para evitar o perigoso salto alto.

- Clássico é complicado. Temos que fazer o nosso e vencer para manter a liderança do grupo. Não adianta entrar em campo achando que o Vasco está mal, senão vamos perder o jogo - alertou Thiago Neves.

A partida será domingo, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão. Última partida oficial sem a presença de Ronaldinho. Mesmo assim, a esperança é de estádio lotado. De rubro-negros, claro.
O time tem 100% de aproveitamento e, apesar de os principais reforços serem para a parte ofensiva, sofreu apenas um gol em três jogos. Tal marca deixa o Flamengo com a melhor defesa do Carioca ao lado de Bangu e Boavista.

- Fico feliz, mas lembro que nada disso seria possível se não fosse pelo empenho de todos. A marcação do Flamengo começa lá na frente, com Deivid, e acaba com o Felipe no gol - afirmou o zagueiro David Braz.
Fonte:globoesporte.com

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


O Incrível Wanderley: atacante mostra lado Hulk e outros personagens
Artilheiro do Carioca, jogador revela que fazia imitações de Ronaldinho quando era mais novo e fala sobre a meta de marcar 25 gols em 2011



Expressão de calma, voz baixa, sorriso largo. Nem sinal da careta de fúria que apareceu após os dois gols marcados contra o Americano nesta quarta-feira. Quem encontra Wanderley longe dos gramados quase não reconhece um dos artilheiros do Carioca, com três gols. Sem o uniforme rubro-negro, o atacante do Flamengo vira apenas um cara tranquilo, como se define. Porém, todo homem tem seu ponto fraco. E o dele é a bola. Bastou olhar para a que seria usada na foto da matéria, que ele logo disse:

- Trouxe para mim?

Não adianta. A fome de gols domina o campineiro. No futebol desde cinco anos de idade, sente o sangue ferver ao chegar perto da redonda. Daí, a explicação para a transformação que acontece dentro de campo e o apelido dado por Andrey, goleiro do Criciúma e ex-companheiro de Cruzeiro. Nas quatro linhas, Wanderley vira o Incrível Hulk.
wanderlei flamengo entrevistaWanderlei e a fome de bola em 'momento Hulk' (Foto: arte sobre foto de Mariana Kneipp/ Globoesporte.com)

- O Andrey me dizia que eu me transformava em campo. Fez até uma montagem com a minha cabeça e o corpo do Hulk. Quando ele me deu, achei muito engraçado. Mas sou um cara bem tranquilo. Nada me deixa nervoso para chegar a isso tudo, não. Só gosto de comemorar daquele jeito porque acho que estimula o time também. Às vezes, você precisa de alguém que te puxe, que mostre raça, entre no personagem mesmo, para que todos acompanhem - afirmou o camisa 33 do Rubro-Negro.

Hulk, porém, não é o único apelido de Wanderley. O atacante, aliás, tem muitas facetas: "soldado", romântico, humilde, religioso, aluno dedicado, fã... Conheça mais um pouco do jogador que está roubando a cena no início do Carioca.
wanderlei flamengo entrevistaWanderlei não larga a bola na entrevista


O início

- Comecei a jogar quando tinha cinco anos. Sempre gostei muito de futebol. Aos 14, fui levado à base da Ponte Preta e, aos 17, já era profissional. Já estreei como titular. Nunca fiquei no banco ali. Depois, fui para  Cruzeiro, Santo André, São Caetano e Grêmio Prudente, até chegar ao Flamengo.

‘Soldado’ rubro-negro

- Eu usava um corte de cabelo moicano quando cheguei ao Flamengo. Aí, antes da estreia, resolvi cortar igual a todo mundo na minha família. Bem raspado. Quando o Renato viu, começou a me chamar de “Soldado”. Acho que foi por eu parecer com um soldado do exército mesmo. Sou meio fortinho, mais moreno. Com esse cabelo, fiquei bem parecido. O engraçado é ver os jogadores batendo continência para brincar comigo.

Momento fã do Ronaldinho

- Quando eu era mais novo, buscava vídeos do Ronaldinho Gaúcho na internet e tentava imitar os dribles dele. Até já contei isso para ele, só não mostrei as imitações. Imagina se eu poderia fazer isso com um cara do nível dele? Ia virar para mim e dizer: “Não, meu filho, ainda tem que treinar muito” (risos). Já foi incrível quando ele elogiou a minha caneta no jogo em Londrina (assista ao vídeo abaixo). Todo mundo me ligou para dar parabéns. Ali, soube que estava no caminho certo.

Entrosamento com o time

- A gente brinca muito. O Renato e o Léo Moura são os mais brincalhões comigo. É bom porque isso influencia dentro de campo. Um ambiente descontraído facilita que a gente se entenda no jogo também. E isso me fez sentir mais acolhido, mais em casa. Lidei melhor com a mudança por causa deles.

Respeito pela vontade do técnico

- Lógico que quero ser titular. Mas eu respeito muito o Deivid e a vontade do Vanderlei. Tenho que ir conquistando o meu espaço a cada dia, mostrando que posso fazer cada vez mais pelo Flamengo. Então, a minha hora vai chegar. Só o Vanderlei sabe qual será o momento certo. Estou tranquilo em relação a isso.

Sonho de ser artilheiro

- Quando cheguei ao Flamengo, não tive medo da pressão. Eu sabia que daria certo aqui. Não posso dizer se serei o novo artilheiro do Flamengo. É cedo ainda, e a equipe está toda de parabéns. Mas todo goleador tem que ter um objetivo quando entra em campo. O meu é marcar 25 gols neste ano. Pelo menos. Aí, terei a certeza de que chegarei ao fim do ano como um dos destaques do país. E isso vai me deixar muito feliz.

Romântico à moda antiga

- O primeiro gol que eu fiz no Flamengo dediquei para a Lana, minha esposa. Estamos casados há mais de três anos, mas namoramos há sete anos. Ela é a minha companheira, a mulher da minha vida. Por isso, comemorei beijando a aliança. A tatuagem que eu tenho também é para ela. Está escrito “anjinha”, porque é assim que eu a chamo.
wanderley flamengo gol volta redondaMarquinhos segura Wanderlei após gol contra Volta
Redonda

Bênção da camisa 33

- Sou bastante religioso. Então, fiz questão de escolher a camisa 33, porque foi a idade que Jesus tinha quando morreu. É uma bênção para mim.

Aluno do xará

- No pouco tempo que estou no Flamengo, já aprendi muito com o Vanderlei (Luxemburgo, técnico). Vi uma chance de crescer seguindo o que ele me fala. Um dos conselhos foi ficar mais na área. Eu gostava de sair mais, ir buscar. Até porque já joguei como meia, quando era da Ponte Preta, com o Nelsinho Baptista. Só que o Luxemburgo me disse para ficar lá dentro, que eu ia marcar mais gols. Está dando certo.

Aproveitando o reconhecimento

- Estávamos na hora do lanche, na véspera do jogo contra o Americano. Geralmente, comemos no corredor do hotel mesmo. Aí, tinha umas 30 pessoas ali, e elas gritaram o meu nome. Foi muito legal. É por esses torcedores que eu quero marcar cada vez mais gols para poder retribuir esse carinho. Foi inesquecível.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

FLARAVILHA!!!


Na estreia de T. Neves, Wanderley rouba a cena, e Fla bate o Americano
Atacante faz os gols da vitória rubro-negra por 2 a 0, em Macaé, pela terceira rodada da Taça Guanabara.

As boas-vindas foram para Thiago Neves, mas a noite desta quarta-feira teve outro dono. O atacante Wanderley caminha a passos largos como forte candidato a xodó da torcida rubro-negra. No estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, em dia de pouco brilho da equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo, o camisa 33 decidiu ao marcar os dois gols da vitória sobre o Americano, pela terceira rodada da Taça Guanabara. Se Thiago Neves foi um estreante discreto, Wanderley chamou a atenção como goleador e pela vibração. A euforia na hora de comemorar é marca do jogador, que começa a brigar por um lugar no time titular.
Thiago ficou em campo até os 16 minutos do segundo tempo. Esforçou-se, mas ainda precisa de ritmo de jogo. O que Luxa queria era colocá-lo para jogar. O técnico acredita que só assim ele vai encontrar a melhor forma.
Com o resultado, o Fla lidera o Grupo A com nove pontos e 100% de aproveitamento. Os campistas perdem a invencibilidade. Agora, são dois empates e uma derrota. Com dois pontos, estão em quinto lugar.
Na quarta rodada, o Americano recebe o Boavista, no Godofredo Cruz, em Campos, às 17h (de Brasília). O Flamengo enfrenta o Vasco, no Engenhão, às 19h30m, no primeiro clássico do ano.
Com um a mais, Fla erra demais
Dois tapinhas nas costas ao entrar em campo, um momento solitário de concentração, algumas entrevistas e pronto. Havia chegado a hora de Thiago Neves estrear com a camisa do Flamengo. Número 7 e um bocado de expectativa às costas. Astro da companhia ao lado de Ronaldinho Gaúcho, a primeira vez do meia era aguardada com ansiedade.
Vanderlei Luxemburgo manteve o 4-2-3-1. Marquinhos deu lugar a Thiago, que teve a função de encostar em Deivid, o único atacante, assim como Vander e Renato. Pelo lado direito do campo, Thiago correu, buscou jogou, partiu para o combate. Sem funcionar, mudou para a faixa oposta. Por lá, foram duas boas chances: uma tentativa de voleio e um chute de direita, da entrada da área. O goleiro Jefferson apareceu pelo caminho.
Dois cartões amarelos para o Americano antes dos cinco minutos de partida não eram um bom sinal. Não fosse o excesso de força, a vontade dos campistas seria louvável. Alguns bons ataques com Gustavinho, Wellington e Felipe assustaram. A disposição do atacante virou problema, aos 19. Na tentativa de parar Renato num contra-ataque, ele atropelou o rubro-negro, recebeu o segundo amarelo e foi expulso.
Durante o tempo técnico, Luxa decidiu mudar o time. Chamou o atacante Wanderley para ocupar o lugar de Egídio. Renato virou lateral-esquerdo, e o Fla passou a ter dois homens de frente. A alteração não funcionou. Com o adversário recuado, faltou criatividade. O Flamengo não soube jogar em vantagem e caiu de rendimento, tornou-se mais lento. Os avanços de Vander pela direita, por exemplo, não apareceram. Sucessivos erros de passe tiraram a paciência dos torcedores e de Vanderlei Luxemburgo. Uma ótima chance perdida pelo volante Fernando, na cara do gol. aos 41, muita gente à loucura. O Americano tentou tirar proveito nos contra-ataques, mas também cometeu erros. A caminho do vestiário, vaias para os rubro-negros, mesmo com Thiago Neves.
Comemora, Wanderley!
Quinze sonolentos minutos de toques para os lados, falta de objetividade, dificuldade de articular jogadas e quase nenhuma emoção. Tempo em que a produção do Flamengo limitou-se a um chute de Vander e um cruzamento perigoso de Renato. Ao Americano, restou esperar a chance de surpreender numa falha ou desatenção dos rubro-negros.
Luxemburgo deixou Thiago Neves do lado esquerdo do meio-campo. O camisa 7 pouco tocou na bola. Foi apenas esforçado. O cansaço e a falta de ritmo parecem ter pesado, tanto que acabou substituído por Marquinhos, aos 16. Na saída do estreante discreto, nem aplausos, nem vaias.  Fierro entrou no lugar de Fernando, que não foi perdoado pelos torcedores.
O Flamengo tornou-se mais disposto com as mudanças. Fierro acrescentou fôlego, Marquinhos mais velocidade, e Wanderley vibração. Vibração e dois gols. O homem que comemora até em treinou explodiu em alegria no Moacyrzão. Em três minutos, transformou-se no dono da partida. Aos 26, após confusão na área do Americano, entrou com tudo para marcar na raça. Logo depois, recebeu cruzamento rasteiro de Renato Abreu da esquerda e apareceu para empurrar. Terceiro gol dele no Estadual, artilheiro ao lado de Somália, do Duque de Caxias, e Fred, do Fluminense. "Uh é Wanderley! Uh é Wanderley!, gritaram os rubro-negros.
Nos últimos minutos do jogo, o Fla ainda desperdiçou algumas chances e o que se viu nas arquibancadas foi muito festa e gritos de 'olé' dos torcedores rubro-negros.
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 X 0 AMERICANO
Flamengo: Felipe, Léo Moura, Welinton, David e Egídio (Wanderley); Fernando (Fierro), Willians, Thiago Neves (Marquinhos), Vander e Renato; Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Americano:        Jefferson, Elson, Carlão e Jeferson Capixaba; Catatau, Indio, Welington Jacaré, Renan e Gustavinho (William); Felipe e Diego Neves (Vandinho).Técnico: Paulo Marcos.
Gols: Wanderley, aos 23 e aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Léo Moura (Flamengo); Elson, Felipe e Diego Neves (Americano). Cartão vermelho: Felipe (Americano).
Local: estádio Cláudio Moacyr, em Macaé. Data: 26/01/2011. Árbitro: Rodrigo Carvalhães de Miranda. Auxiliares: Luiz Cláudio Regazonne e Diogo Carvalho Silva. Público pagante: 8.085. Público presente: 10.000. Renda: R$ 218.250,00.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

É CAMPEÃO...


Festa rubro-negra no Pacaembu: Fla derrota Bahia e conquista a Copinha
Após 21 anos de jejum, time carioca leva segundo título da competição. Tricolor tem Dudu expulso e perde controle do jogo ao tomar o segundo gol



Depois de 21 anos, o Flamengo volta a fazer festa no dia do aniversário de São Paulo. O Pacaembu, tomado de vermelho e preto, comemorou o título do time carioca na Copa São Paulo de Futebol Júnior, após a vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, na tarde desta terça-feira. O Tricolor chegou a empatar e até ter chances de vencer, mas cometeu um pênalti na segunda etapa e abriu o caminho para o Rubro-Negro, que passou a dominar o jogo e poderia ter ampliado o placar. Com as presenças da presidente Patrícia Amorim e do técnico Vanderlei Luxemburgo como torcedores ilustres, a equipe carioca conquistou seu segundo título na história da competição - o primeiro foi em 1990, em um time que tinha Marcelinho Carioca, Djalminha, Paulo Nunes, Júnior Baiano e Nélio. Os nomes de hoje são César, Negueba, frauches, Rafinha, Lucas e Adryan.

Sol, suor e empate

O sol resolveu aparecer com força no aniversário de São Paulo e tirou cada gota de suor dos jogadores e dos torcedores. Empurrado pela torcida que era maioria e encheu o Pacaembu, o Flamengo encontrou nos primeiros minutos um Bahia nervoso. E logo aproveitou. Aos sete minutos, o zagueiro Frauches pegou uma sobra na área e, de pé esquerdo, encheu a bomba e acertou a rede de Renan, sem chances para o goleiro: 1 a 0 para o Rubro-Negro e festa da torcida (assista ao vídeo). A presidente do clube carioca, Patrícia Amorim, e o técnico do time principal, Vanderlei Luxemburgo, gostavam do que viam.

Mas o técnico tricolor, Laelson Lopes, não estava nada satisfeito com o desempenho de sua equipe. E foi ousado. Ainda aos 11 minutos da primeira etapa, fez uma mudança: tirou o lateral João Marcos, que sentia dores, e colocou Valson, mais ofensivo, para tentar chegar ao empate.

Aos poucos a mudança surtiu efeito. O Flamengo até chegava mais, mas perdia a bola pedindo faltas. O Bahia começou a incomodar o goleiro César. Até que, aos 30 minutos, conseguiu um pênalti após Marllon tocar a mão na boa dentro da área. Festa dos torcedores tricolores, que estavam em menor número, mas muito animados. Rafael anotou com uma cobrança alta, bem colocada, e registrou o empate: 1 a 1. Mas, ao correr para comemorar perto do tobogã, onde estavam os torcedores do Bahia, o menino pulou a placa de publicidade e caiu na mureta da escada do vestiário. Precisou de atendimento médico, mas voltou ao jogo (assista ao vídeo).

Foi a vez de o Flamengo sentir o impacto do gol e se enrolar em campo. César seguiu sendo exigido pelo ataque do Bahia. Mas, aos poucos, o time carioca voltou a criar boas chances. E, mais uma vez, a cair demais pedindo falta, o que não comovia a arbitragem. Entre chutes de longe e jogadas individuais de Adryan, o Rubro-Negro não conseguiu marcar mais um. E o Bahia, um pouco mais relaxado, guardou energia para o segundo tempo. Mas ainda teve uma grande chance nos minutos finais. Em cobrança de falta rasteira de Brendon, quase que César não alcança a bola.

Segundo tempo

 O Bahia voltou tranquilo e disposto a virar o jogo. Brendon obrigou César a deitar para fazer uma defesa importante. O Flamengo ainda tentava entrar no ritmo e desperdiçou uma cobrança de falta com Negueba. O time carioca, sem uma boa atuação deste que é considerado o principal atleta do grupo, era afobado e tinha dificuldades de trocar passes nos contra-ataques. Bem mesmo estava César, defendendo bolas muito difíceis, como a que Filipe mandou com muita força.

Em um lance individual, Lucas sofreu falta dura de Dudu e precisou ser substituído pouco depois. O jogador do Bahia recebeu amarelo, mas correu risco de ser expulso. Só que o vermelho que não veio naquele momento apareceu aos 23 minutos. O mesmo Dudu puxou a camisa e derrubou na área Thomas, que entrou na vaga de Lucas. O atleta do Bahia foi mais cedo para o chuveiro. Negueba bateu com tranquilidade, no canto alto direito do gol de Renan: 2 a 1 para o Flamengo e festa da torcida rubro-negra nas arquibancadas (assista ao vídeo).

O gol deu ao time carioca o ânimo e a confiança que estavam faltando. A partir daí, o Rubro-Negro passou a bombardear a defesa do Bahia com várias oportunidades em velocidade, principalmente com Thomas. Negueba, que não estava bem, também cresceu na partida. O Bahia, com um a menos e sofrendo também com o calor, tinha muita dificuldade de segurar o adversário, mas conseguia na medida do possível.

Mesmo com o placar apertado, a torcida do Flamengo passou a gritar "olé' aos 40 minutos do segundo tempo. A festa já começava nas arquibancadas. Rafinha, substituído nos minutos finais, não foi tão decisivo na final, mas foi ovacionado pela torcida pelo desempenho ao longo da competição.

No minuto final, o Bahia levou muita emoção: Laercio pegou uma sobra pela direita, sozinho na área e chutou para o gol. César espalmou e salvou o título do Fla. Depois do sufoco, a torcida do Flamengo soltou o grito de "é campeão"!


FLAMENGO 2 X 1 BAHIA 
FLAMENGO: Cesar; Alex, Marllon, Frauches e Anderson; Muralha, Rafinha (China), Lorran e Adryan (Pedrinho); Negueba e Lucas (Thomas). Técnico: Paulo Henrique     
BAHIA: Renan; João Marcos (Valson), Dudu, Everton e Laércio; Anderson, Fernando (Rodrigo), Brendon (Mansur) e Filipe; Fábio e Rafael. Técnico: Laelson Lopes
Gols: Frauches, aos sete minutos, e Rafael (de pênalti), aos 30 minutos do primeiro tempo; negueba (de pênalti), aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Frauches, Marllon, Anderson (Flamengo); Filipe (Bahia). Vermelho: Dudu (Bahia)
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 2501/2011. Árbitro: Vinicius Furlan. Auxiliares:David Botelho Barbosa e Marcio Jacob .

 FONTE: globoesporete