Novamente sonhador, Elano
celebra volta por cima no Fla: 'Feliz e leve'
Meia admite desconforto com
período sem jogar no Grêmio, vê o Rubro-Negro no caminho certo para Libertadores
e avisa: 'O bicho pega'
Elano voltou a sorrir. Depois
de um período em baixa no Grêmio, o meia estreou em grande estilo pelo
Flamengo. A partida contra o Duque de Caxias reservou falta no travessão, bons
lançamentos e muitos aplausos no Maracanã. Contra o Friburguense, porém, foi
ainda melhor. Destaque na vitória rubro-negra, marcou um gol e mostrou que os
meses de ostracismo no Sul ficaram para trás. O motivo da volta por cima?
Simples. A felicidade. Há menos de um mês no novo clube, o jogador garante que
agora a alegria é maior por entrar em campo.
Um dos principais reforços do
Fla para Libertadores, Elano celebrou as boas atuações não só individuais, mas
também coletivas. Líder do Carioca com 10 pontos em quatro rodadas, o time está
no caminho para fazer uma boa participação na principal competição do continente,
acredita o meio-campo.
- Estou feliz. Isso é o que
importa para jogar bem. Estou feliz, leve. Um gol é sempre importante. Já na
primeira partida, quase saiu, mas na segunda tive a felicidade. Para sequência,
isso é importante. Temos mais três partidas antes do início da Libertadores e
estamos no caminho certo.
Com passagem de quase sete anos
pela Seleção, dois títulos do Brasileirão, um da Libertadores e longo período
na Europa no currículo, Elano não escondeu que não estava feliz no Grêmio.
Barrado por Renato Gaúcho, pouco jogou no fim de 2013 e viu no Flamengo uma
oportunidade de se refazer como jogador.
- Nunca vou criticar e não
costumo falar mal dos times que saio. Falo a verdade. Foi uma possibilidade
(vir para o Flamengo). Fiquei de dois a três meses sem jogar e isso não me
deixa feliz. Nada pessoal contra o Renato. Foi uma situação que ele montou e
deu certo. Mas não me vejo nessa situação de ficar fora. Quero voltar a sonhar.
Ficando fora, não tem como sonhar. Além disso, o Flamengo é uma dificuldade,
uma responsabilidade. Joguei nos dois clubes dos maiores camisas 10 do planeta,
Pelé e Zico. Com 32 anos, poderia ir para o Qatar, para China, mas nasci para
ser jogador de time grande, para ser cobrado. Assumi a responsabilidade e sei
do tamanho dela. Pode dar certo ou não. Vai depender de mim fazer dar certo.
Tenho um sonho na minha frente e tenho que sonhar.
Por fim, o meia falou ainda da
expectativa para competição continental e deixou claro que o que espera o Fla
na Libertadores é completamente diferente do que tem sido apresentado no
Carioca. Independentemente disso, ressaltou a importância de fazer um bom
Estadual para chegar em boa condição para estreia contra o León, dia 12 de
fevereiro, no México.
- Você não vai encontrar esse
tipo de jogo na Libertadores. O bicho pega. Nos estaduais, a obrigação de fazer
um bom campeonato é por se tratar de clube grande, que sempre tem que estar
bem. É preciso buscar coisas positivas dentro e fora de campo para levar seja
qual for a competição.
O Flamengo encara o Macaé,
domingo, às 17h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela
quinta rodada da Taça GB. O Rubro-Negro tem 10 pontos e lidera a competição.
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